segunda-feira, 5 de abril de 2010

APRENDENDO A IDENTIFICAR A VOZ DE DEUS

Cheguei com um ano de idade no Bairro Jardim América. Minha mãe tinha uma vizinha que sempre estava lá em casa e conversava e ajudava minha mãe. Seu nome era Margarida.

O tempo passou, eu já estava casado.

Eu era um dos líderes da Igreja Metodista em Jardim América, além de tocar violão, guitarra e contra-baixo na Igreja.

Depois do culto de domingo eu gostava, e confesso que gosto, de ver os gols das partidas de futebol pela televisão.

Naquele domingo, a Margarida tinha falecido e iria ser sepultada na segunda-feira.

Ao término do culto, assistindo os gols da rodada, beliscando uns petiscos, derrepente, ouvi uma voz dizendo: O QUE VOCÊ VAI FALAR NO ENTERRO AMANHÃ?

Levei um susto, mas desconsiderei a voz.

No dia seguinte, esquecido da voz, na condição de empregado de um Escritório de Contabilidade, fui para o trabalho.

Minha esposa, que ia ao sepultamento nos representar, passou pelo escritório e insistiu para que fôssemos juntos.

Pedi autorização ao meu patrão, Dr. Geraldo de Souza Sá, hoje falecido, e ele autorizou rapidamente, pois havia muito serviço naquele dia.

Quando chegamos, cumprimentamos a todos, olhei a D. Margarida no caixão e fui para fora.

Passado uns minutos, disse para minha esposa: - Tenho de voltar.

Ela me disse: - Vamos dar uma última olhada e depois eu volto com você...

Quando íamos nos dirigindo par dentro, algo aconteceu.

A sobrinha da cunhada da D. Margarida se aproximou de nós e me disse:

- NÃO TEM NINGUEM PRÁ FALAR NADA... TRÁS UMA PALAVRA E ORA POR NÓS...

Confesso que gelei na hora! Mas lembrei da voz, reconheci que era a voz de Deus, e obedientemente me dirigi aos presentes, pela primeira vez num ofício fúnebre, Ministrei uma palavra de esperança, consolo e salvação as presentes e pude orar naquele momento tão difícil para os familiares.

Desde então, tenho procurado estar atento a voz de Deus, como ovelha que conhece a voz de seu Pastor.

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