Cheguei com um ano de idade no Bairro Jardim América. Minha mãe tinha uma vizinha que sempre estava lá em casa e conversava e ajudava minha mãe. Seu nome era Margarida.
O tempo passou, eu já estava casado.
Eu era um dos líderes da Igreja Metodista em Jardim América, além de tocar violão, guitarra e contra-baixo na Igreja.
Depois do culto de domingo eu gostava, e confesso que gosto, de ver os gols das partidas de futebol pela televisão.
Naquele domingo, a Margarida tinha falecido e iria ser sepultada na segunda-feira.
Ao término do culto, assistindo os gols da rodada, beliscando uns petiscos, derrepente, ouvi uma voz dizendo: O QUE VOCÊ VAI FALAR NO ENTERRO AMANHÃ?
Levei um susto, mas desconsiderei a voz.
No dia seguinte, esquecido da voz, na condição de empregado de um Escritório de Contabilidade, fui para o trabalho.
Minha esposa, que ia ao sepultamento nos representar, passou pelo escritório e insistiu para que fôssemos juntos.
Pedi autorização ao meu patrão, Dr. Geraldo de Souza Sá, hoje falecido, e ele autorizou rapidamente, pois havia muito serviço naquele dia.
Quando chegamos, cumprimentamos a todos, olhei a D. Margarida no caixão e fui para fora.
Passado uns minutos, disse para minha esposa: - Tenho de voltar.
Ela me disse: - Vamos dar uma última olhada e depois eu volto com você...
Quando íamos nos dirigindo par dentro, algo aconteceu.
A sobrinha da cunhada da D. Margarida se aproximou de nós e me disse:
- NÃO TEM NINGUEM PRÁ FALAR NADA... TRÁS UMA PALAVRA E ORA POR NÓS...
Confesso que gelei na hora! Mas lembrei da voz, reconheci que era a voz de Deus, e obedientemente me dirigi aos presentes, pela primeira vez num ofício fúnebre, Ministrei uma palavra de esperança, consolo e salvação as presentes e pude orar naquele momento tão difícil para os familiares.
Desde então, tenho procurado estar atento a voz de Deus, como ovelha que conhece a voz de seu Pastor.
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